quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Trancrevo artigo publicado pelo jornalista Ênio Lins na Gazeta de Alagoas de 24 de Outubro de 2000. Recentemente, Ênio pediu-me para escrever as memórias que tenho destes anos (de 1979 a 1986), quando participei dos movimentos culturais que agitavam a cidade de Maceió. No transcorrer destas postagens, publicarei reminiscências desta época.



Terça-feira, 24 de outubro de 2000

NOITES FÉRTEIS PARA A CULTURA EM MACEIÓ

Do popular alagoano ao melhor pop/rock nacional, Maceió viveu ótimos momentos nas noites de sexta e sábado

Pois a Beira Banda da Lagoa confirmou todas as expectativas e fez um senhor espetáculo na noite de sexta-feira. As ruas no entorno do Engenho Jaraguá ficaram lotadas e os veteranos jogaram pesado, revivendo o clima dos anos 80 em grande estilo.
O evento tem alguns destaques a registrar. Primeiro, o resgate em si, coisa exemplar para mais grupos artísticos e culturais das Alagoas. Olha que a Beira Banda da Lagoa teve uma existência quase efêmera, na virada da década de 70 para a de 80. Gravou um disco, um grande mérito. Mas outros tantos grupos floresceram por aqueles tempos e tiveram existências mais longevas, como foi o caso do Grupo Terra. E a tribo do cinema, quando vai revitalizar-se. Olha aí a boa lição desses respeitáveis senhores da Beira Banda da Lagoa.
Nelsinho Braga, Zé Barros, Jatiúca e Máclein mostraram um trabalho que comprova a busca da inovação e da qualidade desde há (pelo menos) 20 anos. Outro fato digno de elogios é o relançamento do CD com as músicas do antigo compacto simples. Um documento importante, garantindo a preservação da memória musical recente. É tão mais importante exatamente porque muitas pessoas que acompanharam e vivenciaram os acontecimentos culturais de apenas duas décadas atrás não mais se lembravam das músicas e da qualidade do trabalho da Beira Banda da Lagoa. E muitos casos de manifestações artísticas (recentes) ainda estão no esquecimento. Mirem-se, então, no exemplo da Beira Banda da Lagoa.

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