sexta-feira, 30 de setembro de 2011




A Trepadora.

Julgar se sou bom trepador
Não é minha pretensão,
Por isso lhes narro agora
Esta singela história de paixão.

Doralice, minha Dôra,
Desde nova já era saliente,
Me chamava para brincar de médico,
E vinha toda enxerida para ser minha paciente.

Crescemos brincando na rua
De ximbra, de pique ou esconde-peia.
A gente se escondia tão juntinhos,
Que para alguém nos achar demorava hora e meia.

Já mocinha e de peitinhos
Me pediu para seu sutiã desabotoar.
De dentro saltaram dois sapotis maduros,
Que, indecente, me pus a bolinar.

Lá para os vinte e poucos anos
Lhe mostrei meu desejo latente.
Doralice, pudica, disse não!
Só casada se entregaria totalmente.

Mas ela não estava convencida,
Pois seu corpo também estava ardente.
Me jogou no chão, e disse com malícia,
- Mas não precisa ser pela frente!

Me deu as costas, e sobre mim montou.
Desceu rebolando, me engolindo!
Subiu gemendo, se contraindo,
Apertando com sua flor meu rijo menino!

E nesta volúpia avassaladora
Agarrado às suas ancas gozei em desatino,
Ninguém muda o seu destino!
Ah! Doralice, minha Dôra,
Nasceu para ser trepadora!